sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Incentivo à Leitura

Com o passar do tempo, tem-se verificado um declínio nos hábitos de leitura, em detrimento de outras actividades, como a visualização de televisão ou o jogar de jogos electrónicos. Não obstante o valor educativo que estes dois meios podem possuir, como já referido noutros posts deste blog, é importante não inferiorizar o potencial educativo e lúdico contido nas práticas de leitura. A importância destas recai, não só no estudo da Língua (Portuguesa e não só), mas também no desenvolvimento cognitivo, de pensamento crítico e de cidadania.
Por estes motivos, foi sugerido pela professora Helena Camacho que procurássemos um pequeno filme que funcionasse como um incentivo à leitura. Este foi o que selecionámos:



O facto de se verificar, ao longo de todo o filme, o Recurso Estilístico de "Ironia", torna-o original e apelativo, sendo este recurso complementado pelas imagens utilizadas.
O que poderia ser abordado com este filme, por exemplo, seria precisamente o estudo desse Recurso Estílistico e a mensagem que se pretende transmitir com o filme.
No geral, considerámos que este é um anúncio muito interessante, com uma mensagem importante, não só para as crianças, mas para qualquer pessoa.


Ana Margato
Ana Sousa
LEB 3A

Maior Flor do Mundo

No âmbito da vertente de Língua Portuguesa desta U.C., foi visionado, em aula, uma curta-metragem de animação, baseada numa obra para a infância de José Saramago intitulada "A Maior Flor do Mundo". Os objectivos deste tipo de aula foram o de demonstrar às alunas como se poderia interpretar a mensagem de um filme mudo e o de fomentar uma reflexão sobre como se poderia desenvolver este trabalho com as crianças. Assim, foi fornecido pela professora Helena Camacho o seguinte guião de trabalho:

1. Apresentação do filme de animação (leitura do artigo).
2. Visionamento do filme.
3. Durante o visionamento: tomada de notas sobre aspectos a explorar didacticamente com alunos do 1º ciclo.
4. Comentário em grande grupo: identificação das categorias da narrativa e outros aspectos relevantes.
5. Preenchimento da grelha a partir da identificação efectuada em 4. Distribuir os aspectos pelos grupos.
6. Apresentação oral do trabalho.
7. Elaboração de um quadro completo.

Aspectos a explorar
Actividades orais
Actividades escritas

Acção
- título do filme
- acontecimentos
- final / continuação da história

Personagens
- principais e secundárias
- retratos

Narrador
- identificação
- função
- relação com a história/ as personagens

Tempo  e espaço
- descrição dos espaços
- marcas de tempo

Linguagem
- verbal e não verbal (gestos, expressões corporais)

Imagem e som
-  aspectos gráficos
- música
- movimento


Aspectos a explorar noutras áreas (Estudo do Meio, Expressões)






























De acordo com o filme, em conjunto com a aluna Mónica Mesquita, preenchemos o quadro com as seguintes sugestões de actividades:



Aspectos a explorar
Actividades orais
Actividades escritas

Acção
- título do filme
- acontecimentos
- final / continuação da história
Debate em grande grupo sobre o filme
Escrever outros finais possíveis para a história

Texto Lacunar
Personagens
- principais e secundárias
- retratos
Distinção das personagens e suas características
Desenho de cada personagem


Narrador
- identificação
- função
- relação com a história/ as personagens
Falar em discurso directo e indirecto, mostrando as diferenças
Associação de palavras
Tempo  e espaço
- descrição dos espaços
- marcas de tempo
Perguntas sobre estes aspectos
Indicar referências existentes no filme
Linguagem
- verbal e não verbal (gestos, expressões corporais)
Reprodução de gestos
Sensações transmitidas

Imagem e som
-  aspectos gráficos
- música
- movimento


Aspectos a explorar noutras áreas (Estudo do Meio, Expressões)
Expressão plástica – construir uma flor em que as pétalas seriam todas diferentes (uma pétala por aluno). Cada pétala poderia ter algo escrito.































De seguida mostramos esta curta-metragem, para que se possa compreender melhor o sentido das actividades propostas, e para que também se possa conhecer um filme galardoado de animação, baseado numa obra de um vencedor do Prémio Nobel:



Ana Margato
Ana Sousa
LEB 3A

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Reflexão Individual - Ana Sousa

Ao consultar o Plano de Estudos da Licenciatura em Educação Básica, referente ao 3º Ano, no início do ano lectivo tomei conhecimento desta Unidade Curricular, a Língua Portuguesa e as Tecnologias de Informação e Comunicação. Logo à partida achei o nome apelativo e apesar de não saber ao certo o que iríamos abordar nesta U.C. fiquei com curiosidade pois as T.I.C. não são de todo uma área na qual tenha grandes conhecimentos. Posto isto, as expectativas eram elevadas, esperava com esta U.C. poder adquirir e desenvolver competências que me permitissem, no meu futuro como profissional de Educação, desenvolver um trabalho dinâmico e multidisciplinar nas minhas práticas educativas.

Ao longo da Unidade Curricular, tal como esperava, foram fornecidos pelas docentes vários instrumentos que as Tecnologias de Informação e Comunicação põem ao nosso dispor, vários conhecimentos foram transmitidos e deste modo sinto que as minhas competências na utilização das T.I.C. sofreram melhorias. A nível pessoal, noto que estou mais à vontade quando tenho de usar certos softwares interactivos com os quais não tinha qualquer contacto anteriormente, como é o caso da ferramenta de construção de jogos pedagógicos JClic e do PhotoStory, através do qual se podem contar histórias com recurso a uma sequência de imagens. Estas ferramentas são também uma mais valia para a minha vida profissional pois com elas poderei tornar as minhas práticas educativas mais diversificadas e lúdicas de modo a cativar a atenção das crianças para a aquisição de saberes.

Todas estas aprendizagens por mim realizadas assumem um papel bastante significativo na minha formação a todos os níveis, contribuindo assim para o enriquecimento do meu currículo pessoal, académico e profissional.

No que diz respeito aos aspectos menos conseguidos, gostaria de referir a quantidade de trabalhos pelas docentes propostos. Pessoalmente senti que o tempo dado para a realização de alguns deles não foi a preferível, tendo em certas ocasiões sentido dificuldades na entrega atempada dos mesmos.

Posto isto, considero a Unidade Curricular Língua Portuguesa e as Tecnologias de Informação e Comunicação bem sucedida no que diz respeito à transmissão de conhecimentos e competências. Foi de facto um grande contributo para quem pretende dirigir as suas práticas educativas num sentido lúdico e interactivo.

Ana Sousa
LEB 3A

domingo, 16 de janeiro de 2011

Reflexão individual - Ana Margato

No início deste semestre, não sabia o que esperar desta Unidade Curricular (U.C.) Tudo o que sabia, por conversas que havia tido o ano passado com colegas de terceiro ano, era que seria uma disciplina trabalhosa que (como o nome indica) associaria a Língua Portuguesa às TIC.
Para falar com toda a sinceridade, não sou muito ligada a recursos informáticos, já que tenho algumas dificuldades em trabalhar com os mesmos. No entanto, estou de acordo que nós, enquanto futuras docentes, temos de ser capazes de acompanhar a evolução da sociedade, que se apresenta cada vez mais dependente dos meios tecnológicos. Por este motivo, considero que as aprendizagens realizadas nesta U.C., ao longo deste semestre, tiveram uma grande relevância para a minha formação, tanto a um nível pessoal como profissional.
Ponderando acerca de todas as temáticas abordadas, saliento três que julgo terem sido particularmente importantes. Em primeiro lugar, a utilização do programa Jclic, algo que me era completamente desconhecido, que permite a fabricação de jogos pedagógicos para vários níveis de ensino. Sempre fui apologista de uma metodologia de ensino lúdica, que providencie a aprendizagem pelo jogo. Por este motivo, considero a aquisição de uma competência que me permita criar os meus próprios jogos, uma parte essencial da minha formação profissional.
Neste âmbito de aprendizagens através do ensino lúdico, não posso deixar de referir o programa Photostory 3, que nos permite desenvolver trabalhos com as crianças que englobam diversas vertentes como a criatividade, o estudo da Língua Portuguesa (criação/adaptação de histórias; estudo das estruturas das mesmas, etc.) e a exploração das TIC, tanto ao nível da própria utilização do programa, como do desenvolvimento de estratégias de pesquisas na internet (para encontrar histórias, imagens ou sons que possam ser usadas na construção de um filme, com este programa), sendo por isso uma ferramenta sobejamente útil.
Por último, a terceira aprendizagem que considerei mais vantajosa, prende-se directamente com a vertente linguística da U.C. e trata-se da explicação das alterações trazidas pelo acordo ortográfico. Como futuras docentes, teremos de nos adaptar de uma forma excepcional a esta mudança na escrita da língua. Apesar de, pessoalmente, o acordo não me agradar, não posso deixar de admitir que a língua é algo vivo, em constante evolução, que devo acompanhar, mantendo presente que, para chegar à escrita a que sempre me habituei, outras mudanças se deram ao longo do tempo.
Algo que considerei como um ponto menos positivo, mas que compreendo, foi o facto de, devido aos feriados existentes no início do semestre, que retiraram duas aulas às alunas de terça-feira, estas terem tido alguns trabalhos que as alunas de quarta-feira não tiveram. Como já referi, apesar de não considerar este acontecimento como algo essencialmente positivo, compreendo os motivos pelos quais se sucedeu, já que foi uma forma de compensar o tempo de aula perdido.
No geral creio que esta é uma U.C. bem conseguida, com temáticas pertinentes para o nosso futuro enquanto docentes. O facto de incidir sobretudo no trabalho de pares, permite que haja uma colaboração e partilha de conhecimentos entre as alunas, o que também é uma competência importante a adquirir, para que mais tarde a possamos transmitir aos nossos alunos.
Ana Margato
LEB 3A

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Photostory

No âmbito de exemplificar a utilidade das TIC enquanto recurso educativo, foi-nos pedido que elaborássemos um projecto no programa Photostory 3, do Windows. Este é um programa que permite a construção de histórias em formato de vídeo através do amplo uso de imagens e frases reduzidas, que permitam a manutenção do interesse do espectador ao longo do filme.
No que diz respeito à sua utilização em contexto escolar, pode verificar-se que esta é bastante viável, já que o programa não possui uma estrutura complexa e é simples de trabalhar.
Para a realização deste trabalho, poderíamos criar uma história própria, ou recorrer a uma já existente, o mesmo acontecendo com as imagens a utilizar. Neste caso, a história utilizada foi "Meninos de Todas as Cores", de Luísa Ducla Soares, adaptada por nós para o projecto em questão. Gostaríamos ainda de dar o nosso profundo agradecimento a Ana Catarina Eusébio, pela ilustração existente no filme. A música que acompanha toda a história é um tributo em piano da música "I Promise (I'm not Okay)" de My Chemical Romance. A origem desta música é incerta, já que se encontra na lista de músicas de uma das alunas há cerca de quatro anos, razão pela qual não apresentamos uma webgrafia para a mesma.

A adaptação da história foi realizada da seguinte forma:


Sequências narrativas

Imagens
Legendas



1
Era uma vez um menino branco chamado Miguel, que vivia numa terra de meninos brancos


Miguel

Era uma vez o Miguel que vivia numa terra de meninos brancos.





2
É bom ser branco, porque é branco o açúcar, tão doce, porque é branco o leite, tão saboroso, porque é branca a neve, tão linda.


Miguel com balão de fala e adereços
É bom ser branco, porque é branco o açúcar, o leite e a neve.




3
Mas certo dia o menino partiu numa grande viagem e chegou a uma terra onde todos os meninos eram amarelos.
Miguel a andar
Começou a viajar e chegou a uma terra de meninos amarelos.






4
Arranjou uma amiga chamada Flor de Lótus, que, como todos os meninos amarelos, dizia:
Flor-de-Lótus
Onde conheceu a Flor-de-Lótus.



5
. É bom ser amarelo, porque é amarelo o Sol e amarelo o girassol, mais a areia da praia.

Flor-de-Lótus com balão de fala e adereços
É bom ser amarelo, como o sol, o girassol e a areia da praia





6
O menino branco meteu-se num barco para continuar a sua viagem e parou numa terra onde todos os meninos são pretos.
Miguel no barco
Miguel continuou viagem num barco, até uma terra de meninos pretos.




7
Fez-se amigo de um pequeno caçador chamado Lumumba que, como os outros meninos pretos, dizia:


Lumumba

Onde encontrou um pequeno caçador, Lumumba.



8
É bom ser preto como a noite, preto como as azeitonas, preto como as estradas que nos levam para toda a parte.

Lumumba com balão de fala e adereços
É bom ser preto como a noite, as azeitonas e as estradas.





9
O menino branco entrou depois num avião, que só parou numa terra onde todos os meninos são vermelhos.
Miguel em avião

. O menino branco prosseguiu de avião, chegando a uma terra de meninos vermelhos.




10
Escolheu para brincar aos índios um menino chamado Pena de Águia. E o menino vermelho dizia:
Pena-de-Águia

Onde ficou amigo de Pena de Águia.
11
É bom ser vermelho da cor das fogueiras, da cor das cerejas
e da cor do sangue bem encarnado.

Pena-de-Águia com balão de fala e adereços
É bom ser vermelho da cor das fogueiras, das cerejas e do sangue.
12
O menino branco foi correndo mundo até uma terra onde todos os meninos são castanhos.
Miguel a correr
Miguel correu então, até a uma terra de meninos castanhos
13
Aí fazia corridas de camelo com um menino chamado Ali-Babá, que dizia:
Ali-Babá
E ali estava o menino Ali-Babá
14
É bom ser castanho
como a terra do chão
os troncos das árvores
é tão bom ser castanho como um chocolate.
Ali-Babá com balão de fala e adereços
É bom ser castanho como a terra, os troncos das árvores e o chocolate.
15
Quando o menino voltou à sua terra de meninos brancos, dizia:
Miguel a imaginar os amigos
Quando o menino branco voltou à sua terra, lembrou-se de todos os seus amigos.
16
É bom ser branco como o açúcar
Miguel a imaginar os amigos mais um balão de fala
É bom ser branco como o açúcar
17
Amarelo como o Sol
Miguel a imaginar os amigos mais dois balões de fala
Amarelo como o Sol
18
Preto como as estradas
Miguel a imaginar os amigos mais três balões de fala
Preto como as estradas
19
Vermelho como as fogueiras
Miguel a imaginar os amigos mais quatro balões de fala
Vermelho como as fogueiras
20
Castanho da cor do chocolate.
Miguel a imaginar os amigos mais cinco balões de fala
E castanho como o chocolate.
21
Enquanto, na escola, os meninos brancos pintavam em folhas brancas desenhos de meninos brancos, ele fazia grandes rodas com meninos sorridentes de todas as cores.
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Seguidamente apresentamos o nosso filme:





Webgrafia:


Ana Margato
Ana Sousa
LEB 3A